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Branding Experiencial: Como Espaços Comerciais Viram Extensão da Sua Marca

Decisões de compra são majoritariamente emocionais.

Estudos de Neuromarketing indicam que 95% das decisões de compra são tomadas com base em emoções e percepções sensoriais, e não em análise racional (Fonte: Harvard Business Review).

Isso significa que a experiência de marca no espaço físico tem papel crítico na decisão de compra.

Aplicar a identidade da marca ao espaço comercial vai muito além da estética, pois essa deve criar uma conexão emocional com o cliente, reforçando percepção de qualidade e credibilidade.

Desta forma, Branding não é somente identidade visual de marca, mas o conjunto de estratégias para a gestão da visibilidade e valorização de uma marca, criando conexão com os usuários e aumentando a confiança e o desejo pelos produtos ou serviços.

Pesquisa da Nielsen mostra que 59% dos consumidores preferem comprar de marcas que oferecem experiências coerentes entre loja física ou online e a comunicação visual, com uma linguagem uníssona.

As experiências sensoriais podem reforçar o Branding da marca com aromas que tragam as características específicas, cores que reforcem a identidade visual, as sensações que trazem valores e sentimentos que definem a personalidade da marca.

Lojas imersivas e que projetem os ideais e o pertencimento, bem como o senso de comunidade também performam melhor, ao passo em que trazem memórias e conexões genuínas e palpáveis para os usuários que se submetem à atmosfera dos espaços criados com exclusividade e experiências.

Estudos da International Journal of Retail & Distribution Management apontam que lojas com elementos multissensoriais (aroma, música, iluminação, texturas) aumentam em até 10% a intenção de recompra. Um bom exemplo disso são os aromas de baunilha ou café, que elevam o tempo de permanência e aumentam vendas de produtos complementares.

O design da loja influencia diretamente no tempo de permanência e no ticket médio

Pesquisa da Retail Design Institute mostrou que ambientes bem projetados aumentam em até 15% o tempo de permanência dos clientes, e até 20% o ticket médio em lojas de moda e lifestyle. O layout, cores, iluminação e disposição de produtos atuam diretamente no comportamento de consumo, gerando maior engajamento.

A diferença entre uma loja somente bonita e uma loja com conceito de marca está no uso de estratégias de Branding e de Neurociência* ao espaço, pois a percepção de valor é significantemente maior quando o ambiente comunica propósito.

O design de uma loja e as estratégias empregadas ao espaço vão muito além da estética. Eles moldam o comportamento do consumidor, conduzindo o fluxo, estimulando os sentidos e gerando experiências que afetam diretamente o tempo de permanência e o valor gasto.

Quando o espaço físico reflete coerentemente a marca, o consumidor percebe maior valor nos produtos e serviços, aumentando a disposição para pagar preços premium.

Nota de rodapé:

* sobre o tema Neurociência aplicada ao Design de Interiores, vide o texto postado neste blog O que é Neurodesign e como ele pode aumentar as vendas em ambientes comerciais

O Branding bem empregado ao espaço aumenta a taxa de conversão

O conceito central do Branding Experiencial é transformar o ambiente físico em uma extensão da marca, criando experiências que vão além da simples exposição de produtos. Quando o espaço comunica de forma consistente o propósito, identidade e valores da marca, ele influencia diretamente nas emoções, no comportamento e nas decisões de compra.

Estudos mostram que 10% a 15% do aumento na taxa de conversão pode ser atribuído a estímulos sensoriais e estes, por sua vez, podem e devem ser acionados com a ajuda de um Branding bem empregado.

Assim, o Branding experiencial é a prática de transformar um espaço físico em uma extensão da identidade da marca, comunicando valores, propósito e personalidade de forma sensorial e emocional. Cada detalhe do espaço funciona como gatilho psicológico, influenciando decisões inconscientes e promovendo maior retorno financeiro.